sexta-feira, 4 de setembro de 2009


REAPRENDENDO A VIVER

O CONSUMISMO

As sociedades ocidentais estão impregnadas por conceitos, hábitos e costumes totalmente estranhos às suas reais necessidades.
Cada vez mais somos escravizados por propagandas que visam somente o consumismo, criando necessidades que não tinhamos e que passamos a ter por pura sugestão da mídia.
A cada dia surgem na mídia produtos novos que se tornam indispensáveis para nosso bem-estar.
A ÁGUA QUE BEBEMOS
Hoje, convivemos com as garrafas de plástico que embalam até a água que bebemos, pois a indústria criou o mito que a água encanada, embora tratada a custo altíssimo, não é propria para o consumo. A consequência, além de onerar o orçamento doméstico, é a imensa poluição do planeta pelas garrafas vazias. E a água engarrafada nem é tão boa assim, pois lhe faltam os sais minerais abundantes na água encanada.
A Venda de água em garrafas PET cresce sem parar e o Brasil está entre os dez maiores consumidores. A água engarrafada, bebida cujo consumo mais cresce no mundo, tem um alto custo ambiental, por acumular plástico em depósitos e exercer pressão sobre as fontes, segundo Ling Li, que escreveu o relatório para o Instituto Worldwatch, de Washington. "A água engarrafada é realmente cara, em termos de custos ambientais e economicamente", disse Li.
O consumo mundial de água engarrafada mais do que dobrou entre 1997 e 2005, sendo os EUA os maiores consumidores - 28,6 bilhões de litros em 2005. O consumo da Índia quase triplicou entre 2000 e 2005, e o da China mais do que dobrou. México, Brasil, Itália, Alemanha, França, Indonésia e Espanha completam a lista dos dez maiores consumidores.
Enquanto muita gente em países desenvolvidos compra água engarrafada por causa da segurança, limpeza, gosto e status, mais de 1 bilhão de pessoas em países pobres não têm acesso a água potável, engarrafada ou não. E, nos países desenvolvidos, a água engarrafada pode estar sendo analisada segundo padrões mais baixos que a de torneira, diz o relatório.
O impacto ambiental pode começar na fonte, e alguns córregos e lençóis freáticos se esgotam quando há uma "retirada excessiva" de água. Além do custo energético de produzir, engarrafar, empacotar, armazenar e transportar a água, também há o custo ambiental dos milhões de toneladas de plástico derivado de petróleo. "A indústria de bebidas se beneficia ao máximo da nossa obsessão por água engarrafada", disse Ling. "Mas isso não serve de nada para o incrível número de pobres do mundo que vêem a água potável segura como um luxo, ou meta inatingível".
O Worldwatch estimou que 35% a 50% dos moradores de cidades na África e na Ásia não têm acesso adequado a água potável segura. A maior parte da água é embalada em PET, que exige menos energia para reciclar e não libera cloro na atmosfera quando queimado. Mas as taxas de reciclagem diminuíram: cerca de 23,1% das garrafas PET de água foram recicladas nos EUA em 2005; dez anos antes, 39,7% haviam sido recicladas, segundo o estudo.
A água engarrafada custa entre 240 e 10 mil vezes mais do que a água de torneira. Em dólares, isso significa que essa água é vendida na maioria dos países industrializados a preços de US$ 500 a US$ um mil por metro cúbico. Na Califórnia, onde a água de torneira é de boa qualidade, o metro cúbico sai a apenas 50 centavos de dólar.
Este é apenas um exemplo do que a propaganda pode fazer com nossas vidas e nossa saúde física e financeira, pois cria necessidades que não temos, muitas vezes prejudiciais à nós e ao nosso planeta. A consequência é que nos afastamos da natureza e cada vez mais esquecemos de princípios elementares para a boa saúde, tais como a vida ao ar livre, a atividade física, o convívio com as pessoas, a atenção com o próximo, a solidariedade e a fraternidade.
Somos impelidos ao consumo desde o momento em que acordamos, ao usar a escova de dentes com formato especial que compramos depois que vimos o comercial na TV, a pasta de dentes indicada pela TV, o creme de barbear da revista, o sabonete do rádio, etc.
Na realidade precisamos de muito pouco para viver uma vida saudável e equilibrada, mas esquecemo-nos disso, ou melhor, somos forçados a fazê-lo.
Neste blog vamos tentar demonstrar os excessos que cometemos e o que poderíamos fazer para evitá-los, pelo bem de nossa saúde física, mental e financeira.

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